Alessandro
Masiero casado com Pasqua Marini(1877 a 1892) e Elizabeta Pegoraro(1893 a 1928)
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Revisado
em março de 2017
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Certamente os imigrantes italianos vieram
para o Brasil em busca de melhores condições de vida. Pelas
leituras e informações buscadas, vimos que grande parte da
Itália era e é até hoje região montanhosa com
rigoroso inverno onde os habitantes, nossos antepassados, passaram por muitas
dificuldades para viver. As famílias eram numerosas tornando um país
com acentuado indice populacional e uma situação econômica
desfavorável.
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O sonho então era o Brasil, a grande
extensão de terras com imensas riquezas. O Brasil era visto como
uma terra farta, cheia de oportunidades e progresso. Os italianos se aventuraram
passar muitos dias no mar navegando em navios sem as minimas condições
de conforto, em condições desumanas, sem higiene, passando
fome, atingidos por doenças e outras agressões para aqui chegar.
A esperança era de conseguir chegar ao Brasil, depois a fartura e
a riqueza era tida como certeza. Entende-se que as famílias, e a
dos Maziero que imigraram para o Brasil por volta de 1880, passaram pelos
portos do Rio de Janeiro ou Santos, São Paulo, com destino as colônias
Dona Isabel hoje Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, sendo que outros
migraram para outras regiões. A maior concentração
encontra-se no Norte do Rio Grande do Sul, Sul de Santa Catarina, Norte
do Paraná, Sudeste de Minas Gerais e no Centro Oeste.
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A imigração italiana em Santa Catarina concentrou-se
no Leste do estado nas regiões ao redor de Tubarão, Criciúma,
Nova Trento, Tijuca e Rodeio (no Vale do Itajaí). De acordo com as
informações fornecidas pelo Cartório de Paz do Distrito
de Azambuja, município de Pedras Grandes, SC (perto de Tubarão),
apenas uma família de imigrantes com sobrenome Masiero se instalou
na região. Diante de pesquisas, as famílias Masiero estabelecidas
no Planalto e Oeste de SC são descendentes dos imigrantes gaúchos,
sobretudo de Bento Gonçalves e de Antônio Prado. Sendo então,
portanto, a nossa descendência.
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Alessandro Masiero nascido em 1853 na localidade de Casalserugo
proximo de Padova na Itália, la cresceu e conheceu Pasqua Marini
nascida em 1856 em Albano filha de Gaetano Martin e Regina Cognolato, e
casaram em 1876 em Casalserugo. Dessa união nasceram na italia Alberto(1878),
Celeste(1881), Adolfo(1883) e Regina(1885).
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Em 1887 influenciados pela dificuldades que passava o povo
italiano e promessas de colonização feitas pelo governo imperial
do Brasil, decidiram mudar-se e iniciar uma nova vida melhor para seus filhos
e descendentes. Em 1887 Alessandro com esposa e quatro filhos, reuniram
seus pertences ese despediram dos parentes que ficariam na italia, e pegaram
um trem rumo a Milão, onde após conexão foram também
de trem até a cidade de Genova, porto de embarque dos imigrantes
italianos para o Brasil.
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Desembarcaram na cidade do Rio de Janeiro em um navio com
aproximadamente 1.000 imigrantes italianos, e ficaram hospedados na hospedaria
da ilha das flores, onde aguardaram a regularização do ingresso
no Brasil e aguardariam outro navio que oss levaria ao seu destino no sul
do Brasil. Após quase trinta dias de espera embarcaram em outro navio
rumo a Porto Alegre, e foram hospedados na hospedaria de Charqueadas, com
os cuidados do governo brasileiro, onde aguardaram um navio de menor porte
que os levaria até o porto da cidade de Montenegro. Nessa localidade
os aguardavm varios tropeiros, contratados pelo governo brasileiro, que
os levariam em carroçoes e lombos de burros até a hospedaria
dos bugres, como era chamada, na cidade de Caxias do Sul. Nessa localidade
o governo tinha um departamento de terras que faziam a distribuição
dos lotes de colonia aos imigrantes italianos.
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Após nova longa espera receberam o lote de terra
na linha 10 de Julho no distrito de Antonio Prado hoje municipio. Apos instalar-se
nas terras recebidas, iniciou a preparação da terra, plantação
agricula para seu sustento e com o tempo foram nascendo os filhos que foram
: Erminia Carolina(1891). Em 1892 faleceu a esposa Pasqua Marini Masiero,
em decorrencia de doença adquirida na colonia e falta de atendimento
médico que pudesse curar suas doenças. Em 1893 casou com o
com Elizabeta Pegoraro, nascida em 15 de julho de 1858, também em
Padova na Itália que imigrara para o Brasil por volta de 1880 com
sua família. Desse casamento nesceram os filhos Herminia(1893), Orozinbo(1895),
Emilio(1897), João(1897), Angelina(1902), todos nasceram na linha
10 de julho em Antonio Prado.
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Alessandro faleceu na linha 10 de julho em Antônio
Prado no dia 9 de abril de 1916, dando como causa da morte , "apoplexia
cerebral consecutiva" após uma queda.
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Alberto Masiero que nasceu na Italia em 1878, e veio pequeno
com 8 anos para o Brasil, cresceu trabalhando na agricultura, e com 20 anos
conheceu e casou com Dozalina Pozenatto que nasceu na província de
Vicensa na Itália em 1881, filha de Luigi Pozenatto e de Virgínia
Pozenatto, que também imigraram para o Brasil e receberam um lote
na linha Almeida em Antônio Prado, proximo das terras de Alberto.
Casaram em dia 18 de agosto de 1899 na capela de linha 10 de julho em Antônio
Prado, e continuaram trabalhando na agricultura e tiveram 10 filhos: Fedrico
Luiz(1903), Lourenço(1905), Alexandre(1907), Virgínia(1909),
Zelindo(1911), Rodolfo(1913), Gaudêncio(1915), Laurindo(1917), Alda(1919)
e Selene(1921).
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Alberto Masiero faleceu em 15 de novembro de 1950 às
16h no Distrito de Vacaria, Rio Grande do Sul, com 73 anos de idade.
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Alexandre Masiero, filho de Alberto Masiero e Dozalina
Pozenatto, nasceu no dia 12 de agosto de 1907, às 6h no Distrito
de Ipê na época ligado ao municipio de Vacaria, hoje cidade
emancipada. Foi o terceiro filho da família de Alberto Masiero. Na
sua infância e juventude continuou morando em Vila Ipê, ali
trabalhando na agricultura. Com 22 anos conheceu e casou com Elvira Bogoni
no dia 24 de janeiro de 1929, às 17h perante o juiz de paz Dr. Francisco
Furtado dos Santos. A Elvira Bogoni sua esposa nasceu no dia 20 de março
de 1913 em Vacaria, filha de Giácomo e Magdalena Brizzan, que na
data de seu matrimônio tinha 16 anos de idade, sendo que após
o casamento continuaram morando em Vila Ipê dedicando-se á
agricultura.
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No início foram arrendatários, depois compraram
terra e chegaram a ter 4 colônias. Tiveram 13 filhos, todos nascidos
em Vila Ipê distrito de Vacaria no Rio Grande do Sul que são:
Deoclécio(1930), Alexandre(1932), Dioclir(1934), Armindo(1936), Osvaldo(1938),
Antônio(1940), Lourdes(1942), Antenor(1944), Líres(1946), Lúcia(1950),
Leda(1952), Agenor(1954) e Ivanor(1956).
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A família de Alexandre Masiero saiu do Quarto Distrito
Vila Ipê do municpio de Vacaria, no dia 13 de agosto de 1953 rumo
á Santa Catarina, a mudança foi transportada por um caminhão
F8 antigo, de propriedade de Félix Zanella, chegaram no local hoje
Linha Cruzinhas, no dia 15, e moraram ali mais ou menos 1 ano. Depois, em
busca de melhores condições de vida, fizeram várias
mudanças aqui na região, morando nos seguintes locais: Santa
Rita, São Domingos, Pedreira, São Gotardo e por último
na cidade de São Miguel do Oeste.
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A família de Alexandre e Elvira Masiero eram consideradas
de classe média, pois eram proprietários de terra e tinham
um certo poder aquisitivo, compravam roças de trigo prontas. Alexandre
era trabalhador quando estava no serviço, porém gostava de
fazer negócios e saia muito de casa. Tinha como esporte à
carreira de cavalo, inclusive chegou a vender uma área de terra para
poder participar das carreiradas, onde ficava varios dias fora de casa.
O filho Deoclécio por ser o mais velho, era quem comandava os irmãos
na lavoura e exigia bons resultados. O que mais plantavam era milho, e muito
trigo. Deoclécio também ajudava sua mãe nos afazeres
de casa, pois a primeira moça foi o sétimo filho da família.
Alexandre era enérgico, mas tinha boa relação com esposa
e filhos.
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A Elvira quando os filhos não obedeciam, surrava-os
com a toalha de secar a louça que sempre tinha consigo dentro de
casa. A comida predileta da família era polenta e queijo, polenta
e peixe, ou feijoada com charque. Aos domingos iam a cavalo ou a pé
para o terço (rosário) na comunidade mais próxima,
e algumas vezes na missa que era mais distante. Ajudavam na comunidade,
mas não eram sócios. Todos os filhos foram para a escola,
uns estudaram mais e outros menos, não era muito cobrado por causa
da distância. Foi uma família que não teve muitos problemas
graves de saúde, lembrando que Alexandre foi operado de úlcera.
Líres teve problema de ataque, Armindo além de ataque sofria
do fígado.
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O Alexandre era medroso em relação a doenças,
quando tinha qualquer probleminha chamava toda a família, deitava
na cama com vela acesa na mão e os filhos ao redor ajoelhados, e
dizia que ia morrer (mi morro, mi morro). Ivanor nasceu muito fraquinho,
quando Alexandre veio para Santa Catarina fazer os negócios de terra
alertou a esposa Elvira, que se o Ivanor falecesse era para enterrá-lo
no cemitério onde tinha sido enterrado o nono Alberto.
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O filho de Alexandre, Alexandre filho conhecido como Tito
viveu com seu avô Alberto desde criança, apenas visitava a
família. Voltou para casa aos 16 anos de idade e logo se casou.
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Alexandre casado com Elvira faleceu no dia 29 de junho
de 1974 às 19h com 66 anos de idade, sem assistência médica,
portanto em casa, de morte súbita. Chegou da bodega, ficou na área
da casa cantando enquanto a esposa Elvira preparava uma sopa para o jantar.
Durante a janta sentiu-se mal, foi até a janela e caiu. Comenta-se
que o motivo foi ele estar se tratando contra o alcoolismo e não
conseguindo controlar o álcool, bebia e tomava medicação
ao mesmo tempo. O organismo não aceitou e teve enfarte.
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Elvira tinha problema de diabete e nos últimos anos
de sua vida o problema agravou-se, faleceu no dia 15 de fevereiro de 1975
com 74 anos de idade. Seus últimos anos conviveu com a família
do filho Dioclir. Alexandre e Elvira foram sepultados no cemitério
de São Gotardo em Santa Catarina.
Historia
contada em 2009 por Marilete Maziero Massarollo de São Miguel do Oeste
em Santa Catarina, para Emir Jose Masiero: